A empatia é um dos pilares da relação terapêutica. Por norma conseguimos ser tanto mais empáticos quanto melhor percebemos o que o outro está a sentir. Nesta perspetiva não é fácil o terapeuta ser empático com o seu cliente, porque habitualmente (e felizmente!) não temos alterações na participação e independência.
Por isto mesmo
senti que seria importante viver de forma reflectida uma experiência de
frequentar, como cliente, uma actividade aquática.
Uma actividade diferente,
num novo espaço e com um grupo de pessoas desconhecidas. Foi por isto que na
passada quinta feira peguei no meu material de piscina e lá fui fazer uma aula
de aquazumba!!!
Nesta
experiência senti que pode ser particularmente difícil:
- o espaço: desde os balneários ao cais
de piscina e de forma ainda mais evidente, o interior da piscina (com as
diferenças de profundidade, luminosidade e tipo de piso a ser particularmente
desafiantes);
- o grupo: pode não ser fácil
partilharmos balneário e chuveiro com pessoas que não conhecemos e imagino que
seja ainda mais difícil se estivermos a passar por um processo de patologia;
- a actividade: o sentimento de eficácia é
fortemente reforçado (ou não) pela nossa capacidade de realizar bem as
actividades com que nos deparamos. Senti enquanto cliente que na piscina e numa
actividade nova é tão fácil reforçar negativamente o nosso sentido de eficácia!
Os desafios ao movimento e desempenho são múltiplos principalmente quando o
espaço é diferente e a actividade aquática trás novas exigências (velocidade,
mudanças de direcção, perícia do movimento);
- o profissional que nós recebe: é um elemento
determinante que pode ajudar a contornar, ou não, os desafios referidos.
melhorando o seu processo
terapêutico em meio aquático???
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