domingo, 26 de outubro de 2014

Novo equipamento!


Quem me me conhece sabe que adoro fatos de banho e toucas e é verdade que no último ano tenho andado um pouco saturada dos modelos convencionais... sempre as mesmas marcas, os mesmos modelos, as mesmas cores.... 

Pois bem, recebi um presente que adorei! Este confortável fato de banho, preparado para uma utilização intensiva e  cheio de cor!  



Obrigada mãe da  Sónia! Vamos usá-lo e dar mais energia  às sessões de terapia aquática!

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Pós Graduação Re Habilitar no Meio Aquático

Para os interessados aqui fica a informação sobre a Pós Graduação de Terapia Aquática organizada pela ESSA.



Sou suspeita, mas parece-me que está muito bem estruturada (abrange desde as propriedades da água, às técnicas de intervenção e à abordagem especifica com diferentes populações, entre outros) e que conta com um óptimo painel de formadores.

As candidaturas terminam já a 15 de novembro!

domingo, 5 de outubro de 2014

Transição para classe regular... uma experiência gratificante!

Este é o percurso de um menino que acompanhei na piscina durante dois anos letivos e que tem como diagnóstico clinico perturbação do espectro do autismo.


Na verdade, quem acompanha  este blog já conhece uma parte desta "história".... ( post de 03.agosto.13).

Iniciou terapia aquática, em contexto individual em Setembro de 2012. No inicio era uma criança enigmática... em alguns periodos demonstrava prazer em estar na piscina e queria correr dentro de água, mas no momento seguinte ficava apreensivo e tentatava fugir... O som vindo das outras aulas, os salpicos na cara, as tarefas mais estruturadas, a zona profunda da piscina eram desafios com os quais o D. tinha muita dificuldade em lidar. 
Para os menos atentos (ou sem formação em terapia aquática) poderia-se pensar que seria um menino que não tinha grandes hipóteses de evoluir.... Felizmente, nesta criança os pais acreditaram na intervenção, deram tempo para haver mudanças positivas, estimularam o D.  no seu  dia -a -dia e deram sempre um feedback próximo...  Eu  tentei perceber o comportamento, desempenho e interesses do D. e ele... senitu-se seguro, confiou, envolveu-se e superou dificuldades, aula após aula!

Demoramos meses para alcançar etapas que podem parecer muito simples como o tolerar os salpicos da água na cara, o mergulhar ou o conseguir estar na piscina em zona de maior profundidade... Demoramos muito, mas conseguimos também que adquirisse a autonomia no movimento de deitar e levantar em segurança, dentro de água!

Para além da evolução gradual ao nível da adaptação ao meio aquático começou a haver também uma mudança ao nivel comportamental.... Mais e maiores períodos de estabilidade, com mais facilidade em manter a atenção na instrução dada, maior interesse e capacidade de reproduzir a demonstração do adulto, mais curiosidade em ver e imitar o que os alunos de outras aulas estão a fazer!!!

Estas foram evoluções muito importantes e que me levaram a pensar... porque não tentar a integração numa aula regular???

Neste caminho o  Professor  Nuno Ventura teve um papel muito importante: com a sua natural aptência para interagir com o D., de perceber as suas necessidades e interesses, permitiu  que em diversos momentos o D. realizasse uma parte das atividades da aula regular que dirigia. Na minha opinião esta foi uma das etapas fulcrais! O D. sentiu que poderia estar com outras crianças e adultos na piscina, ganhou autonomia em relação a mim e começou a seguir as instruções mesmo quando vindas de outro "lider"!

Outros colegas, a quem pedi ajuda / opinião ao longo deste percurso foram também importantes para melhorar a intervenção ....  a Professora Inês Figueiredo (com a partilha de informação sobre feedback's e a sua utilização diferenciada), o Professor Rui Santos (com as sugestões para melhorar a qualidade do batimento de pernas).

E foi assim que gradualamente me pareceu que poderiamos apostar na integração numa aula regular em que:

as outras crianças funcionam como modelos positivos,



o professor pode dar um feedback e orientação no sentido de melhorar a qualidade de movimento e da adaptação ao meio aquático
 
 
 
 
o D. será desafiado a ajustar o seu comportamento face às exigências da aula. 


Esta  tarefa está agora a ser desenvolvida pelo Professor Beto!

Este foi um menino que me desafiou a reflectir sobre muitos aspectos....a importância da terapia aquática, o contributo diferencial do trabalho em equipa e das possibilidades da integração em aula regular.

Na terapia aquática continuarei a trabalhar com outras crianças e para o D. desejo óptimos mergulhos e batimentos de pernas muito integrados!!!