sábado, 17 de setembro de 2016

E se formos nós os clientes?!?


A empatia é um dos pilares da relação terapêutica. Por norma conseguimos ser tanto mais empáticos quanto melhor percebemos o que o outro está a sentir. Nesta perspetiva não é fácil o terapeuta ser empático com o seu cliente, porque habitualmente (e felizmente!) não temos alterações na participação e independência.

Por isto mesmo senti que seria importante viver de forma reflectida uma experiência de frequentar, como cliente, uma actividade aquática.

Uma actividade diferente, num novo espaço e com um grupo de pessoas desconhecidas. Foi por isto que na passada quinta feira peguei no meu material de piscina e lá fui fazer uma aula de aquazumba!!!



Nesta experiência senti que pode ser particularmente difícil:

- o espaço: desde os balneários ao cais de piscina e de forma ainda mais evidente, o interior da piscina (com as diferenças de profundidade, luminosidade e tipo de piso a ser particularmente desafiantes);

- o grupo: pode não ser fácil partilharmos balneário e chuveiro com pessoas que não conhecemos e imagino que seja ainda mais difícil se estivermos a passar por um processo de patologia;

- a actividade: o sentimento de eficácia é fortemente reforçado (ou não) pela nossa capacidade de realizar bem as actividades com que nos deparamos. Senti enquanto cliente que na piscina e numa actividade nova é tão fácil reforçar negativamente o nosso sentido de eficácia! Os desafios ao movimento e desempenho são múltiplos principalmente quando o espaço é diferente e a actividade aquática trás novas exigências (velocidade, mudanças de direcção, perícia do movimento);

- o profissional que nós recebe: é um elemento determinante que pode ajudar a contornar, ou não, os desafios referidos.

 .... como poderá o  terapeuta ajudar os seus clientes a superar estas situações 

melhorando o seu processo terapêutico em meio aquático???

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