Á dias tive a oportunidade de assistir a uma conferência intitulada Brain Science and Education dinamizada por Usha Gosmani da Universidade de Cambrige.
Fiquei rendida, pela forma rigorosa, objectiva e clara como a oradora apresentou a ligação entre os processos neurofuncionais e a aprendizagem.
Esta autora defende que as recentes descobertas acerca da activação e funcionamento cerebral devem ser transportas para o processo de ensino-aprendizagem, através da forma como apresentamos a actividade / desafio, recomendando:
- apelar à interactividade das tarefas / actividades, pois assim e devido à complexidade da exigência estamos e promover a integração efectiva do conteúdo;
- adoptar a estimulação multi - modal de modo a promover a maturação na representação;
- priveligiar a estimulação top -down começando por estruturar o ambiente de forma a facilitar a aprendizagem e só depois partir para o trabalho ao nível dos conteúdos e exigências da actividade;
- considerar a dinâmica espacio -temporal como fundamental para a passagem da informação.
Na minha opinião estes são aspectos extremamente importantes a considerar no planeamento de uma aula de natação adaptada.
Para além do trabalho prévio de adequação do contexto ambiental, é fundamental que as actividades apresentadas sejam "desenhadas":
- perspectivando a activação de todas as capacidades da criança, exigindo a utilização de diferentes fontes de informação sensorial;
- de modo dinâmico;
- com uma ligação lógica entre si e adequadas às vivências e objectivos diários da criança e sua familia.
Assim será possivel activar os circuitos neuronais a maturar em cada criança, promovendo a aprendiagem e desenvolvimento.
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