Como e quando utilizar em terapia aquática?
Por ter o privilégio de trabalhar numa piscina com uma equipa multidisciplinar com elevada qualidade técnica ouço com frequência "discussões" entre os professores de natação sobre número e tipo de feedback's dados aos seus alunos.
Na área da terapia aquática isto não é comum, o que me leva a reflectir....
- será que na terapia aquática não damos feedback's aos nossos utilizadores?!?
- ou será que não consideramos esta uma importante estratégia de intervenção?!?
- ou simplesmente fazemo-lo de modo automático, sem utilizar conscientemente as múltiplas dimensões desta preciosa ferramenta?!?
Agora que paro para reflectir e estruturar informação sobre este aspecto parece-me que há uns anos a formação académica na área terapêutica atribuía pouca importância ao feedback dado ao cliente. A realidade é agora diferente, mas efectivamente ainda existem na prática profissional alguns vestígios deste método!
Sabemos hoje que só pode haver mudança e melhoria no cliente se este receber o estimulo adequado e o integrar correta e ativamente. Sabemos também que para haver uma integração o cliente terá de receber feedback do terapeuta e do ambiente, caso contrário irá perpetuar o padrão de desempenho da atividade prévio à sessão... muitas vezes disfuncional ou em nível abaixo das capacidades. Assim parece-me que todos os terapeutas reconhecem a importância do feedback e da necessidade de o personalizar a cada cliente.
Por fim parece-me que embora tenhamos conhecimento da importância do feedback tendemos ainda a utilizá-lo de forma intuitiva e pouco dirigido a cada cliente.
Parece-me pois fundamental:
utilizarmos os feedback's nas sessões de terapia aquática de forma mais
sistemática, consciente e rigorosa;
indo ao encontro do estilo de aprendizagem de cada cliente;
recorrendo a diferentes modalidades de comunicação
(verbal, táctil, visual e proprioceptiva).
Vamos lá a experimentar e analisar os resultados!!